Mais um ano terminando e para muitos esse foi um dos piores anos da história. Claro que os eventos de 2016 não foram muito bons, como o vírus Zika, eleição do presidente Trump, guerra na Syria, terrorismo em vários países, impeachment e a bagunça política no Brasil.
Mas nem tudo foi tão ruim assim, o Leonardo Di Caprio ganhou um Oscar finalmente, tivemos o primeiro time de refugiados em uma Olimpíadas, cientistas descobriram uma vacina realmente eficaz contra Ebola e o número de tigre e pandas selvagens aumentou significamente esse ano.
Por mais que esse ano não tenha sido um dos melhores mundialmente, foi para mim um dos melhores que já tive. Esse ano foi repleto de muitas viagens. Na verdade, mais da metade do meu ano passei viajando, conhecendo outras culturas e vivendo cada dia uma aventura nova. 2017 terá que ralar muito para superar esse ano 🙂

Para que fosse possível viajar para 7 países (Austrália, Tailândia, Cambôdia, Vietnã, Laos, Romênia e França) por mais de 6 meses, tive que passar por muitos desafios. E com certeza esse foi um dos anos mais desafiadores que já vivi. Aprendi a viver e viajar quase sem dinheiro e também a aproveitar esse novo estilo de vida.

Nesse ano conheci diferentes culturas, costumes e pessoas. Morei em uma tribo hippie e com um nudista na Austrália, conheci pessoas que largaram tudo para viver uma vida simples e outros que depois de terem trabalhado a vida toda resolveram mochilar na terceira idade. Conheci pessoas de diferentes religiões e crenças, fiz uma tatuagem de Sak Yant com um Ajar e visitei muitos templos no Sudeste Asiático.


Rodei 20 mil quilômetros de carro pela Austrália, dormi no chão por muito tempo e perdi a conta dos dias que acampei no meio do nada. Conheci pessoas incríveis, que talvez nunca mais veja na vida, mas que ficarão na minha memória eternamente e que mudaram a minha vida para sempre.

Fiz inúmeras trilhas, perdi a conta do número de cachoeiras que conheci e colecionei pôr do sol e também alguns nascer do sol. Dormi debaixo de inúmeras estrelas e consegui até ver a via láctea ao olho nu.


Conheci e interagi com mais animais selvagens to que havia feito a minha vida toda. Alimentei golfinhos, trabalhei em um santuário para cangurus, vi camelos, águia gigantescas e porcos selvagens no deserto australiano, alimentei crocodilos enormes, vi coalas de pertinho, nadei com um tubarão, tartaruga marinha e peixes de todas as cores, e até vi ursos marrons na Romênia.



Foi um ano que viajei muito por terra. Atravessei dois desertos Australianos, dirigindo por três dias no meio do nada. Viajei de ônibus e dirigi motos em estradas ruins no sudeste Asiático com motoristas completamente malucos. Por mais que passei por muitos perrengues, esses momentos e experiências incríveis são para lembrar para a vida toda.

Nesse ano também trabalhei muito e percebi que é possível viver uma vida de nômade digital. Fiz contrato com duas empresas e estou cada vez mais perto de realizar meu sonho de trabalhar de qualquer lugar do mundo.

Também ganhei um novo membro para a família, o Basil, meu cachorrinho, que quando for possível também irá fazer parte de muitas aventuras e viagens.

2016 foi um ano que muitos desafios e conquistas e completamente repleto de viagens. Será difícil para 2017 superar esse ano que está ao fim, mas estou ansiosa para novas aventurar e para dividir tudo com vocês. Vamos viajar mais?